Não sei se capacidade intelectual suficiente para fazer essa análise, mas percebo indícios de que há 7 princípios conexos entre as 7 artes liberais (Trivium e Quadrivium) e os 7 pilares do desenvolvimento humano (corpo, mente, emoções, ambiente, finanças, relacionamentos e espiritualidade) dos quais abordei 5 deles em outra postagem, já que eles são complementares e fazem parte de um todo chamado: “existência humana”. Se não estou equivocado em efetivamente atribuir algum valor ao conhecimento acumulado pelas civilizações que existiram antes de mim, me pareceu muito coerente fazer a “simbiose” teórica entre estes dois seguimentos (de cotidiano e filosófico). Poderia incluir a cabala judaica como mais um assunto a ser abordado como complemento, mas isso deixaria essa postagem muito confusa e propensa a diluir o tema central. O intuito é tentar expor o mínimo de complexidade sobre o conteúdo para que haja o máximo de compreensão por parte do leitor. Só assim este trabalho poderá realmente contribuir, ao menos para a reflexão, para a vida de quem dedica um pouco de seu valioso tempo lendo meus textos.
Não há um paralelo direto entre cada arte liberal e algum ponto específico de atenção para o pleno desenvolvimento humano, pois se pegarmos os cuidados com a saúde física, por exemplo, não há como correlacionar com a gramática, a lógica, a retórica, a aritmética, a geometria, a música ou a astrologia. Mas parece que há sim uma relação, só que ela é mais tênue e fragmentada, não havendo um espelhamento de sete aspectos com sete artes assim como há entre os sete pecados capitais e as sete virtudes cardeais. Entretanto, há um paralelo no desenvolvimento humano como um todo que segue os mesmos princípios das sete artes liberais, e é neste ponto que quero me fixar, como um conjunto se relaciona com o outro.
Segundo a natureza das coisas, surge o espírito (chame do que quiser) como elemento intangível que aglutina as células através das vibrações ordenadas pela energia que move a vida (Deus, acaso, física quântica, não importa o substantivo). Este movimento de integração biogenética é a constituição material necessária para a existência de qualquer ser vivo. O terceiro componente é a mente, que começa a interligar os sentidos e assimilar e interpretar informações capturadas por eles. Surge o quarto elemento, as emoções, ou seja, movimentos químicos disparados no sistema físico de acordo com as reações mentais se somando a programação prévia. Até este ponto, intrinsicamente, já agiram a astronomia definindo signo, ascendente, momento temporal (hora, dia, mês e ano) da concepção e do nascimento, a música, pois a “energia universal” age através das vibrações, a aritmética ao se apresentar em proporções e medidas, e a geometria, afinal, cada indivíduo tem sua forma e ocupa espaço no ambiente, totalizando as disciplinas que formam o Quadrivium.
Mas costumamos iniciar nossos estudos com as disciplinas do Trivium ao estudar a gramática do idioma natural, depois a lógica para compreender e organizar as ideias e, por fim, a retórica para poder expressar de forma inteligível o que pensamos e contrapor ideias contrárias que nos forem apresentadas. Depois é que passamos a estudar a aritmética com o desenvolvimento das quatro operações básicas da matemática, passando pela geometria, onde há uma série de fórmulas para medir formas e movimentos como o Teorema de Pitágoras e a Fórmula de Bhaskara, preparando terreno para a física acadêmica. Então acrescentamos emoções ao estudar as vibrações e os tempos da música e, por fim, relacionamos isso tudo com a compreensão da astronomia, o movimento dos planetas e sua influência na vida humana até onde é possível. Como dá para perceber, existe uma relação inversa entre o desenvolvimento natural dos seres humanos e a forma como ele deveria estudar para aprimorar seu potencial. Trocando em miúdos, o indivíduo sofre as ações passivamente, aprende a linguagem par se comunicar, para depois estudar aquilo que lhe influenciou.
É óbvio que eu tenho a consciência de que tudo que abordei neste texto é extremamente inútil e desinteressante para a grande maioria das pessoas, pois pela quantidade de gente com quem eu conversei até hoje, não me recordo de ter conhecido alguém que se interessasse minimamente por este tipo de assunto. Alguns indivíduos até chegam a tentar compreender algum ponto, mas normalmente buscam o conforto das religiões estabelecidas com seus dogmas, um materialismo cético e pragmático extremamente limitante ou um cientificismo burocrático que raramente oferece alguma explicação plausível em suas teorias. Isso me coloca em uma posição solitária entre a loucura e a supervalorização de uma filosofia sem nome, com alguns princípios relevantes e que só tem contribuído para o meu desenvolvimento em particular quando modelo as ações de personagens históricos.
O que me motiva a estudar e publicar este tipo assunto é exatamente a retroalimentação deste processo, ou seja, para escrever e publicar algo, eu preciso estudar e testar de alguma forma. Este ciclo me joga pra frente em espiral, o que pode ser demorado e cheio de redundâncias, mas confesso que é gratificante, pois me faz um músico melhor, permite que eu compreenda algoritmos, inteligências artificiais e esteja atualizado frente à evolução tecnológica, ao mesmo tempo me desenvolve fisicamente com as atividades que mantenho em minha rotina, ocupa minha mente com leituras e estudos, afinal, não sobra tempo para pensar em fofocas e futilidades do momento. Isso também preserva minhas emoções ao ficar blindado em relação a convivência com pessoas pessimistas e situações das quais não tenho influência, embora dificulte a construção de um ambiente social que me ajude nessa jornada.
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