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Figuras rítmicas

figuras rítmicas

O cerne da leitura e da escrita musical é a definição das figuras rítmicas, ou notas, pois o nome “notas” se refere ao fruto de uma anotação. Por exemplo, quando uma figura pública divulga uma “nota oficial”, quer dizer que ela está apresentando uma anotação, algo anotado. Independentemente de como se chame as mínimas, semínimas e as demais figuras, o caso é que o uso delas, seus nomes e seus valores apresentados na imagem que ilustra esta postagem, se estabilizou no registro da linguagem musical que conhecemos hoje. Para conseguirmos fluência na escrita e na leitura de partituras musicais, compreender o que cada desenho e sua posição na pauta significam é fundamental, o restante chega a ser supérfluo em termos de importância neste quesito.

Como foi visto anteriormente, o andamento define o valor absoluto de cada figura. Por exemplo: em um andamento de 120 BPMs, a nota que vale um tempo costuma ser a semínima para os compassos simples, e colcheias ou semicolcheias para os compassos compostos mais usuais. Com base na indicação do andamento assinalada logo no início da partitura, uma semínima a 120 BPMs nos diz que ela é a unidade de tempo. Na prática, cada clique do metrônomo marca o início de um tempo e o final do outro. Em 120 BPMs, há um espaço de 0,5 segundos entre uma semínima e outra. Assim, a nota anterior, a mínima, terá duração de 1 segundo, assim como a semibreve terá a duração de 2 segundos. Por sua vez, a colcheia durará 0,25 segundos, e assim por diante. Trocando em miúdos, para quem gosta de uma abordagem mais “erudita”, cada figura rítmica representa uma fração de tempo relativa ao andamento da peça para adquirir um valor definido.

As pausas, por sua vez, seguem o mesmo raciocínio de duração das “notas sonoras”, pois são similares a elas guardando as mesmas proporções. Contudo, pausas são mais flexíveis dentro da abordagem musical, afinal, o silêncio é mais discreto que o ruído já que as vibrações que geram o som possuem “picos de ataque” e “cauda de decaimento”. Isso significa que uma nota ferida em uma corda ou qualquer outra fonte sonora perde força após um tempo, já o silêncio não costuma ter intensidade alguma, ele representa a ausência de som. Inclusive, a interrupção abrupta de um som serve para destacar aquela nota que a precede em um conjunto e é representada por um ponto logo abaixo da nota chamado de “stacatto” (destacado em italiano), que na prática é como se uma semínima acrescida de um ponto fosse executada como uma colcheia seguida de uma pausa também de colcheia.

Em síntese, temos que identificar cada nota e pausa em uma partitura como sendo uma fração representada por um número: Semibreve: 1, Mínima: 2, Semínima: 4, Colcheia: 8, Semicolcheia: 16, Fusa: 32 e Semifusa: 64. Porém, não se deve confundir estes números com o valor real em minutos ou segundos, pois o que define a duração real da nota é o andamento previamente definido. E já que falamos no assunto, se há uma Semibreve é porque em algum momento já houve uma Breve, uma Longa etc. mas que caíram em desuso com o passar do tempo, após a linguagem musical passar por séculos de aprimoramento.


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